Imprimir esta página

Com projeto de fundações desafiador, Apoio leva segunda edição do Prêmio ABEG Sigmundo Golombek

Fev 05 2021

A empresa Apoio – Assessoria e Projetos de Fundações foi a vencedora da segunda edição do Prêmio ABEG Sigmundo Golombek. O Prêmio reconheceu o trabalho “Projeto de fundações do Edifício Haus Mitre Butantã” como o melhor projeto de fundações apresentado em 2019 à ABEG. 

(Na imagem em destaque, a vista aérea das obras de fundações do Edifício Haus Mitre Butantã. Foto: Divulgação/Mitre Realty)


Desafios do projeto

O trabalho premiado refere-se às fundações do edifício residencial Haus Mitre Butantã, da Mitre Construtora e Incorporadora, cujas obras ainda estão em andamento. De acordo com o engenheiro José Luiz de Paula Eduardo, fundador da Apoio e atual vice-presidente da ABEG, a complexidade do projeto surgiu em razão de uma característica importante da obra: o edifício seria construído na região exatamente acima de um túnel pertencente à Linha-4 do Metrô.

“Não poderíamos projetar fundações tão profundas pois havia o risco de encontro com a calota do túnel”, explicou José Luiz. “Como projetar, então, as fundações de um prédio de grande porte, de 27 pavimentos, subsolo, caixa d’água etc., que ficaria exatamente em cima de um túnel do metrô? Esse desafio coube à Apoio”.

O primeiro passo foi entrar em contato com a empresa que projetou os túneis para o Consórcio Via 4, a Themag Engenharia. O encontro reuniu representantes das três empresas: Apoio, Mitre Realty e Themag. “Conversamos com Tarcísio Barreto Celestino e Giacomo Re, dois dos maiores especialistas em túneis no país, e concordamos em submeter para análise da Themag o projeto de fundações do edifício”, afirmou José Luiz. 

Em posse do projeto de arquitetura do edifício, dos resultados das sondagens e da planta de cargas, a Apoio elaborou o projeto de fundações. “O projeto de contenção do subsolo foi elaborado considerando a utilização de perfis metálicos, sem maiores dificuldades”, contou o diretor da Apoio. “Já as fundações foram projetadas em estaca hélice-contínua em diâmetros de 70 a 90 centímetros nessa região. E limitamos o comprimento da estaca a 17 metros”. (Na imagem, a estaca hélice-contínua utilizada nas obras do projeto de fundações)

Isto porque, segundo o engenheiro, estacas um pouco mais profundas resultariam em colisão com a calota do túnel. “No projeto, paramos com a ponta da estaca a 5 metros da calota do túnel. Calculamos qual seria a carga dessas estacas sobre o túnel e elaboramos um parecer. Não tínhamos, no entanto, informações sobre o projeto do túnel ou sobre o método construtivo, o que poderia influenciar nos estudos que elaboramos”.

O parecer foi enviado à Themag com a descrição dos esforços que seriam feitos sobre o túnel. “A Themag analisou os estudos, fez cálculos e nos enviou um parecer em que concluiu que a obra poderia ser executada conforme projetada pela Apoio”, comenta José Luiz.

Havia, contudo, uma condição. Foi acordado entre as empresas que seria feita a vistoria cautelar no túnel, antes da obra. Depois, a execução das obras de fundações do edifício também seria acompanhada, com o objetivo de monitorar o aparecimento de qualquer anomalia no túnel. “Este plano de ação foi preparado entre Apoio, Themag e a Reconverte, que ficou a cargo do monitoramento e teve como representante o engenheiro José Luiz Salvoni”.  

Tal projeto levou aproximadamente cinco meses para ser concluído entre sua elaboração e a execução da obra. “A conclusão de um projeto como este levaria cerca de um mês, não fosse a questão do túnel”, diz o diretor da Apoio. “Por isso foram feitos tantos estudos para garantir a excelência na execução da obra”. 

O acompanhamento veio a confirmar o que o projeto elaborado pela Apoio previa. “Não houve nenhuma interferência com o túnel da Linha 4-Amarela. Os resultados foram excepcionais”, declarou o diretor.

Acesse aqui o parecer técnico elaborado pela Apoio. E aqui, o parecer técnico desenvolvido pela Themag.

 

Prêmio ABEG Sigmundo Golombek

Em relação à conquista do Prêmio ABEG, José Luiz de Paula Eduardo afirma que o sentimento é de dupla satisfação. Primeiro, porque a ideia da criação do Prêmio surgiu dele, durante sua gestão como presidente da ABEG – entre 2016 e 2017. (Na foto, o engenheiro José Luiz de Paula Eduardo com o troféu do Prêmio ABEG Sigmundo Golombek).

“Minha ideia de criar o Prêmio ABEG com o nome de Sigmundo Golombek surgiu para enaltecer a atuação deste profissional, que foi quem criou a área de consultoria de fundações no Brasil numa época em que esse trabalho não era reconhecido”, diz José Luiz. “Todas as empresas de consultoria de fundações devem isso a ele”.

“Além disso, é também uma grande honra conquistar este Prêmio, exatamente porque leva o nome de Sigmundo Golombek”, explicou. “A Apoio já ganhou outros Prêmios, mas não tão importantes quanto este”.

 

Apoio – Assessoria e Projetos de Fundações

Fundada há 43 anos pelos engenheiros José Luiz de Paula Eduardo e Alberto Collier Vianna, a Apoio APF é uma empresa dedicada à elaboração de projetos, estudos e pareceres na área de engenharia de fundações, mecânica de solos e geotecnia. 

A Apoio realizou mais de 19 mil obras pelo país - só em São Paulo, projetou mais de três mil edifícios residenciais e comerciais. Conheça a Apoio acessando o site: http://apoioapf.com.br/ 

 

About The Author